Como o layout do escritório influencia sua equipe
Escrito por Henri Cardim, especialista em coaching
Desde a época das cavernas buscamos um lugar confortável para ficar. A sensação de estar em uma prisão ou mesmo em uma jaula é nociva e perturba a motivação. As horas extras são traumáticas e a vontade é de literalmente fugir dali.
Trabalhar em um ambiente feio, onde você fica até constrangido em atender clientes ou apresentar para fornecedores e colegas, é um fator que desmotiva. A iluminação inadequada e o excesso de ruídos fazem com que você termine o dia estressado, com dor de cabeça, cansado além da conta e, pior ainda, com a sensação de que pela falta de concentração tenha rendido menos do que poderia.
Isso é comum no ambiente corporativo, até porque no mercado temos poucos estudos conclusivos quanto ao volume de dinheiro que se perde por produtividade baixa, em decorrência das estações de trabalho inadequadas. Isso abrange desde o mobiliário à iluminação que prejudicam a produção, saúde e bem-estar.
É possível e muito provável que o empreendedor tenha um canto em sua casa ou um lugar na cidade onde se sinta seguro e feliz. Pois bem, o mundo corporativo vem percebendo isso há muito tempo e pesquisando sobre nosso comportamento para que tenhamos um rendimento maior. Os arquitetos deixam as cadeiras, mesas, iluminação e a disposição do mobiliário para que a circulação e a integração ocorram de forma natural.
Já os psicólogos e analistas comportamentais concluíram que quando as pessoas estão mais próximas, a comunicação, sinergia e troca de informações são mais rápidas e diretas.
Sempre olhamos nas redes sociais pessoas que trabalham em frente à praia, piscina ou ao ar livre e assim sentimos que aquilo é o ideal, sendo assim, colocamos elementos em nosso ambiente de trabalho que nos inspirem e nos deixem mais confortáveis para criar e desempenhar nossos papéis.
Sendo assim, a solução é recriarmos em nosso layout os elementos de organização que contribuam para que a influência seja positiva. Os ambientes colaborativos chamados de coworking são um bom exemplo.
Os profissionais podem, além de ter um custo compartilhado, estar em um ambiente onde troquem experiências, e sintam-se estimulados pelo ambiente, que em geral é despojado e organizado com foco no bem-estar e no relacionamento.
O ônus em ambientes abertos pode ser a falta de concentração devido ao excesso de estímulos visuais e ruídos, mas ganhamos em relacionamento, troca de informações, melhor gestão da chefia e humanização.
Assim, para minimizar esse problema, ter organização, divisórias e paredes apenas onde é necessário concentração ou privacidade e até se possível iluminação natural farão o humor e a lucratividade aumentarem.
Henri Cardim é palestrante focado em líderes e sucessão em empresas e consultor de negócios.